domingo, 4 de dezembro de 2011

Soneto da felicidade

De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinícius de Moraes

2 comentários:

  1. Verdade! Escrever é uma arte mesmo. Também costumo escrever para mim, na maioria das vezes. É uma sensação de poder conversar externamente com o nosso íntimo e às vezes entendê-lo até melhor. :)

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